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A MISSÃO - Mas Hoje Eles Não Têm Só o Dia 19 de Abril. Eles Têm Também a Lei 11.645/08


Fazendo uma alusão à música "Todo Dia Era Dia de Índio," composição de Jorge Ben, cantada por Baby Consuelo ou a Baby do Brasil, devemos ressaltar a importância de uma lei que procura assegurar e divulgar os valores sociais e culturais de nossos indígenas, antigos habitantes felizes da Terra Brasilis. 
O 19 de Abril, criado por decreto em 1943 por Getúlio Vargas, nos remete para uma reflexão necessária sobre toda a história que envolve a dominação do indígena e sua cultura, retratada na situação de injustiça social em que se encontram hoje em dia.
E para essa reflexão, um filme que colabora do ponto de vista histórico é “A Missão”. O filme não aborda a vida dos nativos de nossa terra em seu habitat natural, mas nas missões criadas pelos jesuítas para catequização dos mesmos. De qualquer forma, acredito ser um ótimo instrumento para a conscientização coletiva acerca dos valores de uma etnia que muito contribuiu para nossa identidade cultural.

Sinopse:

            Composto de astros do porte de Robert de Niro, Jeremy Irons e Liam Neeson, A Missão retrata a guerra estabelecida por portugueses e espanhóis contra jesuítas idealistas que catequizavam os índios nos Sete Povos das Missões, na América do Sul no século XVIII. De Niro faz um violento mercador de escravos indígenas, que arrependido pelo assassinato de seu irmão, realiza uma auto-penitência e acaba se convertendo em missionário jesuíta. Ele ajuda o líder dos catequizadores, Gabriel (Jeremy Irons) a criar um novo mundo em Sete Povos das Missões, mas os portugueses e espanhóis têm outros planos para aquele lugar. Quando Gabriel se recusa a deixar o que construiu, o exército é mandado para tirá-los de lá a força. Um filme empolgante, vencedor da Palma de Ouro em Cannes e que se notabiliza também pela trilha sonora de Enio Morricone.
Prólogo: Os acontecimentos desta história são verdadeiros e ocorreram nas fronteiras da Argentina, Paraguai e Brasil no ano de 1750.
Epílogo: Os índios da América do Sul ainda estão engajados na luta para defender sua terra e sua cultura. Muitos padres inspirados pela fé e pelo amor continuam a apoiar os direitos dos índios por justiça mesmo que com suas vidas.
A luz brilha na escuridão e a escuridão não dominará.” João, cap. 1, vers. 5.


Questões propostas: 

1. Os nomes de duas Missões são mencionados no filme. São Miguel e São Carlos. O que era uma missão ou redução? Qual seu objetivo?
2. Como era a cultura religiosa dos índios antes dos religiosos europeus aqui ingressarem? Quais suas crenças?
3. As missões estão associadas aos jesuítas. Quem eram os jesuítas?
4. Observando o filme, que tipo de proteção as missões ofereciam aos índios?
5. A música é o meio utilizado pelo padre Gabriel para se aproximar dos índios. Em sua opinião, por que a utilização de tal instrumento? E qual tipo de instrumento usado para essa aproximação? Pesquise um pouco sobre esse instrumento.
6. Compare os tipos de armas utilizadas pelos índios e pelos colonizadores. Descreva e estabeleça a relação de poderio entre elas.
7. Qual a tribo indígena citada no filme? Pesquise sobre essa tribo. Qual a situação desse povo hoje no Brasil?
8. O filme menciona o tráfico de escravos indígenas promovido pelos espanhóis. Como isso é mostrado?
9. Mas os portugueses e colonos brasileiros agiram de forma semelhante. Pesquise sobre os bandeirantes. Quem era e quais suas ações?
10. Outro tipo de colonização foram as Entradas. O que eram? Qual a diferença em relação às Bandeiras?
11. As leis de Portugal e Espanha, conforme o filme, eram iguais perante a escravidão? Explique.
12. No encontro dos índios com Rodrigo, durante seu ato de penitência, este permitiu que os índios lhe tirassem o fardo? Por quê?
13. Como eram construídas as missões? Que elementos/materiais eram utilizados?
14. Em determinado momento, no início do filme, o clérigo dita para que seja escrito em sua carta: “Muitos dos violinos tocados nas academias de Roma foram feitos pelas suas ágeis e talentosas mãos”. Descreva a produção indígena nas missões.
15. O personagem Dom Cabeza afirma: “... a obra das missões é obra do diabo! Eles (jesuítas) ensinam o desrespeito pela propriedade e pelo lucro e não obedecem a autoridade do rei”. Como era a distribuição da renda entre os índios oriunda desta produção?
16. Que interesses estaria contrariando a produção indígena nas missões quando é afirmado que “a comunidade cristã é comercialmente competitiva”?
17. Em certo momento do filme, como forma de justificar a escravidão, o governador espanhol diz que os índios matam os próprios filhos. Como o padre justifica tal ato? O que você pensa a respeito?
18. Interprete a seguinte afirmação: “Vossa Eminência, isto é um filho da selva. Um animal com voz humana. [...] Eles são letais e lascivos. Devem ser dominados pelas espadas e trabalhar sob um chicote”.
19. Com relação a outras tribos indígenas do Brasil na época, os portugueses caracterizavam como selvagens aquelas que praticavam o canibalismo. Pesquise e informe o que estava por trás desse ritual indígena.
20. O filme faz menção à figura do Marquês de Pombal. Por que ele é considerado hostil à Igreja? Quem foi e qual sua relação com a ordem dos jesuítas? Pesquise!
21. Pesquise o que determinou o Tratado de Madri, firmado em 1750 entre os reis de Espanha e Portugal.
22. Faça um mapa da região onde se desenrolam os fatos do filme e localize as missões e a cidade de Assunção. Procure descobrir quais são as cataratas que aparecem no filme.
23. Analise e interprete a seguinte passagem do filme:
"A tentativa de criar um paraíso na Terra ofende a muitos. Isto vos [Vossa Santidade, o Papa] ofende por desviar a atenção do paraíso futuro. Suas majestades de Espanha e Portugal ofendem-se porque o Paraíso do dominado raramente agrada ao dominador. E os colonos ofenderam-se pela mesma razão. Foi este fardo que carreguei para a América do Sul. Satisfazer portugueses  que querem aumentar seu império. Satisfazer os espanhóis que não queriam ser prejudicados. Satisfazer a vós, fazendo com que esses monarcas não ameaçassem mais o poder da Igreja. E garantir para todos vocês que os jesuítas não lhes negariam mais essas satisfações".
24. Sob as seguintes citações: "Os índios viviam em estado natural e receberam de volta o martírio"; "A questão era se as missões continuariam sob a proteção da Igreja"; "Os índios estão livres novamente para serem escravizados por colonos espanhóis e portugueses"; "... não podia deixar de pensar se esses índios não teriam preferido que o mar e o vento não tivessem nunca nos trazido até eles".
Responda: Qual foi a posição tomada pela Igreja em relação às missões? Em sua opinião, o processo de catequização e o contato dos índios com os jesuítas foi um bem ou um mal para os guaranís? Por quê?

Mensagem:
"Embora tenha tanta fé, que possa até mover montanhas, se eu não tiver amor, eu não sou nada. E embora eu dê todos os meus bens para alimentar o pobre, embora eu dê meu corpo, se eu não tiver amor, isto não me revelará nada. O amor é tolerante, é terno. O amor não é invejoso. O amor não se vangloria, ele não é vaidoso. Quando era criança, falava como criança, entendia como criança e pensava como criança. Mas ao me tornar um homem, deixei de lado as infantilidades. Mas mantenho a fé, a esperança e o amor. Os três. Mas o principal deles é o amor".

OUTRAS INDICAÇÕES:
Sinopse:

Terra Selvagem é a verdadeira história sobre um grupo de missionários, que iniciou no Equador uma pesquisa sobre a violenta tribo Waodani. Após um início de convívio amigável, cinco homens do grupo são mortos pelo indígena Mincayani e outros da tribo. Logo após as mortes, a esposa de um deles e a irmã de outro misionário morto vão viver com os Waodanis, para tentar ensinar-lhes sobre Deus. Elas acabam mudando a vida não somente dos familiares dos missionários, mas de toda a tribo de Mincayani. Uma emocionante história sobre fé, amor e perdão.

Sinopse:

No Mato Grosso do Sul, a comunidade indígena Guarani-Kaiowá luta para retomar suas terras ocupadas por fazendeiros. A perda das origens e do universo sagrado seduz os jovens ao suicídio. Durante uma retomada, Osvaldo, um jovem Kaiowá, vive um improvável encontro com a filha do fazendeiro.


3 comentários:

João Carlos disse...

Sugiro uma navegada no site de um programa de rádio, produzido na década de 80,na Rádio Universidade de São Paulo. Foi um programa produzido pelo movimento indígena, organizado na União das Nações Indígenas. Produzimos mais de uma centena de programas e boa parte foi perdida em um incêndio. Mas boa parte foi salva e restaurada.
Está disponível no site: www.programadeindio.org

Uma curiosidade é a voz do Willian Bonner, que na época fez estágio conosco (estava concluindo o curso de Comunicação e Artes.

João Carlos (jcarlospjunior@gmail.com)

João Carlos disse...

Nestes programas, há programas sobre dezenas de povos, com suas vozes, sua cultura, seus problemas suas músicas. Há programas temáticos, inclusive um programa sobre o filme Ä Missão"comentado por índios guaranis, programas variados.
São programas que lutaram para a garantia dos direitos indígenas na constituição de 1988. Há participações de antigos parceiros dos índios, como Chico Mendes, Betinho e diversos líderes brasileiros e mundiais solidários às causas indígenas, além de muita música indígena que em nenhum outro lugar se pode ter acesso.
Vale a pena conferir!!

João Carlos (jcarlospjunior@gmail.com)

Professora Maritânia disse...

Olá Alexandre
Concordo com você que é importante usarmos nas aulas filmes relacionados com os assuntos trabalhados. valeu as dicas.
Bom trabalho.

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