Sinopse:
O filme é
baseado na história real de Pureza Lopes Loyola. Na trama, Pureza (Dira Paes) é
uma mãe solo que mora com seu filho, Abel (Matheus Abreu), em uma pobre região
do Maranhão. Descontente com a vida que levam, o jovem resolve deixar o local
para buscar emprego em um conhecido garimpo, com a promessa de dar uma vida
melhor para a matriarca. Após meses sem notícias do filho, Pureza resolve sair
em busca do rapaz. Durante a jornada, ela encontra uma fazenda que emprega um
sistema de aliciamento e cárcere de trabalhadores rurais, a famosa escravidão
moderna. Ainda à procura do filho, ela passa a trabalhar neste lugar,
testemunhando o tratamento brutal sofrido pelos empregados, além do
desmatamento ilegal de florestas. Lutando contra um sistema perverso e
poderoso, esta batalhadora mulher enfrentará a tudo e todos que ficarem à sua
frente, sempre com uma fé religiosa inabalável e a esperança de encontrar o
filho.
Questões
propostas:
1) No
início do filme aparece a atividade de trabalho a qual se dedica Pureza e seu
filho. Qual é esse tipo de trabalho? Como se dá a forma de rendimento deste
trabalho? Existe exploração do trabalho no seu entendimento? Como isso
acontece? Qual seria, em sua visão, a forma de evitar essa exploração?
2) Pesquise
na internet: quais são os três setores da economia? Em qual setor se enquadra a
atividade de Pureza e seu filho?
3) O filho
de Pureza resolve sair de casa e procurar outro tipo de trabalho. O que
pretendia?
4) Pesquise
na internet: o que é êxodo rural? Em sua opinião, a saída do filho de casa
entra nesse contexto?
5) Com que
idade Pureza aprendeu a ler? E com que objetivo? A alfabetização de Pureza
corresponde a que modalidade de ensino?
6) Quando
Pureza parte em busca de seu filho, na cidade ela ouve falar do “gato”. Quem é
o gato? O que faz?
7) Quando
os trabalhadores chegam na fazenda, como são recebidos? O que acontece em relação:
a) ao
armazém. b)
aos documentos.
8) Quais
são as condições de alojamento, alimentação e trabalho dos trabalhadores
contratados?
9) Como
eram tratados os trabalhadores na hora de trabalhar e no campo de trabalho?
10) O que
acontecia com os trabalhadores que discordavam das condições de trabalho a que
eram submetidos?
11) Os
trabalhadores recebiam salários? O que era alegado para não serem pagos? E o
que acontecia quando queriam ir embora ou fugir?
12) Pureza
consegue enganar o capataz e fugir. A quem ela recorre? Como é tratada
politicamente a questão? Em que governo está ocorrendo esse tipo de trabalho
denunciado por Pureza?
13) O que
fazem o Senador e o representante do governo executivo quando Pureza denuncia o
trabalho escravo no Congresso?
14) Como
Pureza busca a comprovação de suas denúncias? Ela tem êxito?
15) Que
papel você atribui ao padre (Igreja Católica) no episódio?
16) O que
acontece quando Pureza retorna à Brasília com as provas?
17) Depois
de três anos de buscas ininterruptas, Pureza finalmente encontrou Abel. Em
1997, Pureza recebeu em Londres o Anti-Slavery Award, prêmio internacional
concedido pela mais antiga organização abolicionista em atividade.
Comente
sobre esse reencontro entre mãe e filho e a sua luta para resgatá-lo.
18) Entre
1995 e 2017, o Grupo Móvel libertou mais de 52 mil trabalhadores em condições
análogas à de escravos. Em 2018, segundo estimativas da Walk Free Foundation,
369 mil pessoas foram submetidas à escravidão no Brasil. O combate ao trabalho
escravo enfrenta hoje sérias medidas de retrocesso nos âmbitos do Governo
Federal e do Congresso Nacional. Considerando a data de produção e lançamento
do filme, maio de 2022, a que governo é atribuído o retrocesso no combate ao
trabalho análogo a escravidão? Como você interpreta essa questão?
19) Em
2018, segundo estimativas da OIT – Organização Internacional do Trabalho, 40,3
milhões de pessoas foram submetidas à escravidão no mundo. Em sua opinião, após
séculos de adoção do trabalho escravo e décadas de sua extinção, ainda se
justifica trabalho escravo no mundo? Justifique sua posição.
20) No
Brasil, a Lei Áurea aboliu a escravidão em 1888. Pesquise sobre o caso de
trabalhadores submetidos à condição análoga à escravidão na produção vinícola
em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Depois, comente: Como empresários e
responsáveis pela fiscalização das leis trabalhistas ainda podem ser
negligentes quanto aos direitos dos trabalhadores? Explique.